1700-1775
O rococó foi um movimento francês do século XVII, que teve grande repercussão em diversas áreas, arquitetura, moda, arte e outras. Este movimento foi caracterizado pelas formas suaves, as cores delicadas, douradas e linhas sinuosas. A atitude da sociedade da época era pela busca do prazer, da alegria de viver e de festas. Foi neste ambiente que Maria Antonieta, uma jovem vinda da Áustria, reinou com seu consorte o rei Luis XVI.
Esta rainha ficou conhecida por seu amor à moda, futilidade e pela suas “aventuras” nos bailes de máscaras. Onde ela se mascarava de plebéia e fugia dos seus compromissos como rainha. Além de fugir de si mesma, dos seus receios e de seus medos.
Logo, nesta ilusão Maria Antonieta não percebeu os acontecimentos que culminaram na Revolução Francesa, permanecendo em seu mundo interior até ser degolada.
Desenvolvimento
O rococó teve origem na França no século XVIII e foi um movimento que se expandiu no mobiliário, na arquitetura, na arte, na moda e outros. Seu nome tem a origem na palavra francesa rocaille que significa concha. Os elementos que caracterizam este período são: as formas fluídas e delicadas, as cores pastéis e douramento, e as atitudes da sociedade pela busca pelo prazer sensual, a alegria dos nobres em seus bailes, e a alegria de viver. Sendo uma época de grande liberdade literária, onde contos e histórias eróticas foram mais divulgados (Wikipédia, 2009).
Essas características também repercutiram no vestuário, tanto nas suas cores quanto nas suas formas. As pessoas que viviam nessa época utilizavam roupas que demonstravam o exagero e o apelo sexual nas formas. Eram utilizados coleiras nos pescoços, moscas de beleza e os cabelos ou perucas eram embraquiçados (alusão ao Iluminismo). Os nobres eram quem ditavam a moda, tanto que o estilo do rei Luis XV permanece atualmente nos saltos dos sapatos e na forma dos mobiliários que levam o seu nome.
A vestimenta feminina era constituída por um corpete ajustado, decotes profundos e uso de lenços amarrados nos pescoços até a altura do decote. Na saia, as mulheres buscavam a amplitude lateral, por meio de uma estrutura interna denominada panier (cesto em francês). Sua amplitude podia chegar até 4,5 metros, sendo motivo de inconveniência, pois duas mulheres não poderiam passar lado a lado por uma porta. A vestimenta masculina consistia em casaco, colete e calções. O uso de botões era visível na frente das peças, entretanto a maioria utilizava os casacos abertos. (Laver, p. 131 e p.135, 2008)
Foi neste período, em 1770, que a jovem austríaca Maria Antonieta, de quatorze anos, filha mais nova da rainha e do imperador da Áustria, foi enviada a França para se casar com o delfim Luís XVI, futuro rei da França. O objetivo deste casamento era promover uma aliança política entre as duas nações através de um casamento arranjado.
Desde o princípio de seu casamento, Maria Antonieta percebeu que não agradava seu marido, pois o mesmo não consumou o casamento por um longo tempo. Além disto, ela teve que se adequar a realidade de uma corte francesa totalmente diferente da realidade que estava inserida. Entretanto, Maria Antonieta se rendeu rapidamente ás novidades de uma nova cultura, a facilidade ao dinheiro, e aos prazeres de Versalhes, como a boa comida, a moda e os bailes.
Luis XVI foi uma pessoa de natureza fraca e era facilmente manipulado pelas pessoas ao seu redor, inclusive pela sua esposa. Tanto que não se importava e fingia não saber que Maria Antonieta ia regularmente aos bailes de máscaras. Também ignorava que ela fugia dos seus compromissos reais, indo a outros lugares que não eram notificados e demonstrados a toda sociedade.
Nesses bailes, comuns em Versalhes, ela se fantasiava de plebéia e assumia uma personalidade diferente da que tinha que se submeter diariamente. Com a máscara, Maria Antonieta poderia ser quem quisesse, se sentir realizada e não se sentiria deslocada como na corte.
A rainha era uma pessoa que gostava de ter jovens ao seu lado, tanto que suas companhias preferidas cortesões e belas mulheres da corte. Ela tinha o gosto apurado e exigente, possuía vários vestidos, apliques de cabelos e sapatos. Pois ela era referência de estilo e de moda para muitos na corte.
Tanto que a mesma lançou o estilo campestre, após o nascimento de sua primeira filha. Esse estilo era composto por uma vestimenta mais simplificada para ser utilizada nos seus passeios ao campo. De acordo com Lima (2006) “[...] o estilo de vestir dividiu-se em duas direções opostas, uma da estética artificial e outra que manifestava um desejo de retorno à natureza”. Isso se percebe nas obras de artes feitas durante esse período, que demonstra os nobres no campo em piqueniques ou passeios.
Percebe-se, que a rainha utilizou dessas superficialidades, de um comportamento festeiro e inconseqüente, como uma rota de fuga do ócio, do tédio e da indiferença de uma corte que não a aceitava por ser uma estrangeira.
Fora desse mundo ilusório, em que Maria Antonieta vivia, os ideais de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” cresciam entre a burguesia enriquecida e tomava força também na população mais pobre que estava faminta. O rei Luis XVI não conseguiu controlar a crise que a França vivia e produzir condições de melhoria de vida da população. Portanto esses fatores foram os propulsores da queda da Bastilha e da Revolução Francesa.
Os reis e seus filhos foram presos no palácio de Versalhes, e encaminhados para o Palácio das Tulherias pelos revolucionários. Apesar de tentarem uma fuga com a ajuda do conde Axel Fersen, a família real foi detida em Varennes. O rei Luis XVI caiu em descrédito e foi degolado sob a acusação de traição. Posteriormente, Maria Antonieta também foi julgada por traição e condenada a morte pela guilhotina como seu marido, conforme relato de Weber (2006).
Após esses acontecimentos, tudo que remetiam à ostentação e ao luxo foi banido e as formas mais simplificadas começaram a ser adotadas. O período do rococó chega ao fim, dando espaço ao período imperial.
Conclusão
O Rococó foi um movimento que surgiu na França e utilizava as cores pastel, linhas orgânicas e fluidas e grande exagero, mas visando a delicadeza. Pode-se perceber isso no mobiliário, arquitetura e na moda.
Os nobres viviam em busca do prazer sensual (hedonismo), de alegria e dos bailes das noites de Versalhes. Tanto que a vestimenta feminina era composta por um corpete justo, e a saia extremamente armada pela panier, sendo bastante erótica.
A rainha Maria Antonieta, foi um dos grandes nomes desse período, não somente por ter sido considerada frívola, mas por ter vivido intensamente os prazeres da corte e ser referência de moda e estilo do rococó.
Apesar de ter sido julgada por traição e degolada, a lembrança de Maria Antonieta ainda persiste nos dias atuais, como um ícone da moda.
O rococó teve origem na França no século XVIII e foi um movimento que se expandiu no mobiliário, na arquitetura, na arte, na moda e outros. Seu nome tem a origem na palavra francesa rocaille que significa concha. Os elementos que caracterizam este período são: as formas fluídas e delicadas, as cores pastéis e douramento, e as atitudes da sociedade pela busca pelo prazer sensual, a alegria dos nobres em seus bailes, e a alegria de viver. Sendo uma época de grande liberdade literária, onde contos e histórias eróticas foram mais divulgados (Wikipédia, 2009).
Essas características também repercutiram no vestuário, tanto nas suas cores quanto nas suas formas. As pessoas que viviam nessa época utilizavam roupas que demonstravam o exagero e o apelo sexual nas formas. Eram utilizados coleiras nos pescoços, moscas de beleza e os cabelos ou perucas eram embraquiçados (alusão ao Iluminismo). Os nobres eram quem ditavam a moda, tanto que o estilo do rei Luis XV permanece atualmente nos saltos dos sapatos e na forma dos mobiliários que levam o seu nome.
A vestimenta feminina era constituída por um corpete ajustado, decotes profundos e uso de lenços amarrados nos pescoços até a altura do decote. Na saia, as mulheres buscavam a amplitude lateral, por meio de uma estrutura interna denominada panier (cesto em francês). Sua amplitude podia chegar até 4,5 metros, sendo motivo de inconveniência, pois duas mulheres não poderiam passar lado a lado por uma porta. A vestimenta masculina consistia em casaco, colete e calções. O uso de botões era visível na frente das peças, entretanto a maioria utilizava os casacos abertos. (Laver, p. 131 e p.135, 2008)
Foi neste período, em 1770, que a jovem austríaca Maria Antonieta, de quatorze anos, filha mais nova da rainha e do imperador da Áustria, foi enviada a França para se casar com o delfim Luís XVI, futuro rei da França. O objetivo deste casamento era promover uma aliança política entre as duas nações através de um casamento arranjado.
Desde o princípio de seu casamento, Maria Antonieta percebeu que não agradava seu marido, pois o mesmo não consumou o casamento por um longo tempo. Além disto, ela teve que se adequar a realidade de uma corte francesa totalmente diferente da realidade que estava inserida. Entretanto, Maria Antonieta se rendeu rapidamente ás novidades de uma nova cultura, a facilidade ao dinheiro, e aos prazeres de Versalhes, como a boa comida, a moda e os bailes.
Luis XVI foi uma pessoa de natureza fraca e era facilmente manipulado pelas pessoas ao seu redor, inclusive pela sua esposa. Tanto que não se importava e fingia não saber que Maria Antonieta ia regularmente aos bailes de máscaras. Também ignorava que ela fugia dos seus compromissos reais, indo a outros lugares que não eram notificados e demonstrados a toda sociedade.
Nesses bailes, comuns em Versalhes, ela se fantasiava de plebéia e assumia uma personalidade diferente da que tinha que se submeter diariamente. Com a máscara, Maria Antonieta poderia ser quem quisesse, se sentir realizada e não se sentiria deslocada como na corte.
A rainha era uma pessoa que gostava de ter jovens ao seu lado, tanto que suas companhias preferidas cortesões e belas mulheres da corte. Ela tinha o gosto apurado e exigente, possuía vários vestidos, apliques de cabelos e sapatos. Pois ela era referência de estilo e de moda para muitos na corte.
Tanto que a mesma lançou o estilo campestre, após o nascimento de sua primeira filha. Esse estilo era composto por uma vestimenta mais simplificada para ser utilizada nos seus passeios ao campo. De acordo com Lima (2006) “[...] o estilo de vestir dividiu-se em duas direções opostas, uma da estética artificial e outra que manifestava um desejo de retorno à natureza”. Isso se percebe nas obras de artes feitas durante esse período, que demonstra os nobres no campo em piqueniques ou passeios.
Percebe-se, que a rainha utilizou dessas superficialidades, de um comportamento festeiro e inconseqüente, como uma rota de fuga do ócio, do tédio e da indiferença de uma corte que não a aceitava por ser uma estrangeira.
Fora desse mundo ilusório, em que Maria Antonieta vivia, os ideais de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” cresciam entre a burguesia enriquecida e tomava força também na população mais pobre que estava faminta. O rei Luis XVI não conseguiu controlar a crise que a França vivia e produzir condições de melhoria de vida da população. Portanto esses fatores foram os propulsores da queda da Bastilha e da Revolução Francesa.
Os reis e seus filhos foram presos no palácio de Versalhes, e encaminhados para o Palácio das Tulherias pelos revolucionários. Apesar de tentarem uma fuga com a ajuda do conde Axel Fersen, a família real foi detida em Varennes. O rei Luis XVI caiu em descrédito e foi degolado sob a acusação de traição. Posteriormente, Maria Antonieta também foi julgada por traição e condenada a morte pela guilhotina como seu marido, conforme relato de Weber (2006).
Após esses acontecimentos, tudo que remetiam à ostentação e ao luxo foi banido e as formas mais simplificadas começaram a ser adotadas. O período do rococó chega ao fim, dando espaço ao período imperial.
Conclusão
O Rococó foi um movimento que surgiu na França e utilizava as cores pastel, linhas orgânicas e fluidas e grande exagero, mas visando a delicadeza. Pode-se perceber isso no mobiliário, arquitetura e na moda.
Os nobres viviam em busca do prazer sensual (hedonismo), de alegria e dos bailes das noites de Versalhes. Tanto que a vestimenta feminina era composta por um corpete justo, e a saia extremamente armada pela panier, sendo bastante erótica.
A rainha Maria Antonieta, foi um dos grandes nomes desse período, não somente por ter sido considerada frívola, mas por ter vivido intensamente os prazeres da corte e ser referência de moda e estilo do rococó.
Apesar de ter sido julgada por traição e degolada, a lembrança de Maria Antonieta ainda persiste nos dias atuais, como um ícone da moda.
Características:
Rococó = concha (ornamento muito utilizado nos vestidos)
-Variação profana do barroco (prazeres sensuais);
- Exagero nas formas e na ornamentação
- Cores suaves, linhas curvas, delicadas e fluídas;
- Estilo da Luz´ = quadros mais iluminados, arquitetura com amplas aberturas, retorno ao natural;
-Variação profana do barroco (prazeres sensuais);
- Exagero nas formas e na ornamentação
- Cores suaves, linhas curvas, delicadas e fluídas;
- Estilo da Luz´ = quadros mais iluminados, arquitetura com amplas aberturas, retorno ao natural;
- Representação da vida profana da Aristocracia.
Abuso de ornamentos de flores, conchas e plantas
- Uso de chapéus e bengalas;
- Grandes fivelas nos sapatos.
Postura romântica (ócio e doçura da vida, refletidos nas roupas)
Culto à beleza
Mme. Bertin
Moda Masculina
- Calças até os joelhos, adornadas nas barras;
- Uso de meias finas;
- Golas não mais separadas das camisas;
- Sobrevestes abertas com botões e detalhes nas mangas;
- Coletes mais compridos, abaixo dos quadris;
- Lenços brancos nos pescoços;- Uso de chapéus e bengalas;
- Grandes fivelas nos sapatos.
Vestido à francesa (robe à la française);
Maria Antonieta
- Saia e sobresaia encaixada em abertura frontal;
- Corselet ou corpete com armação lateral, em ancas, dando forma à silhueta;
- Busto, pescoço e aberturas enriquecidos com babados, amarrações, fitas e flores artificiais
-Vestir à moda camponesa (misturas entre o aristocrático e o popular)
- Decotes adornados com rendas;
- Volumes laterais através das armações;
- Exagero de rendas e fitas
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